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Alfenim ou Verônica de Pirenópolis

09-05-2016

A rica cultura de Pirenópolis tem seu auge nas manifestações populares mais tradicionais, como a Festa do Divino e as Cavalhadas, marcadas pela intensa mescla de manifestações religiosas e profanas. De origem cristã, a festa ocorre na época do Pentecostes (geralmente entre maio e junho) e tem como significado principal o recebimento do Divino Espírito Santo e suas bênçãos.

A Festa do Divino dura mais de um mês, porém o período mais interessante para interagir e participar são os últimos dias, período em que é possível presenciar diversos movimentos que ocorrem na cidade e na zona rural, como as Folias, Cavalhadas, Alvoradas, Congadas, Mascarados e Pastorinhas.

Por ser uma das manifestações religiosas mais expressivas do Brasil é a segunda no país a ser contemplada com o título “Patrimônio Histórico Oral Imaterial Nacional”, pelo IPHAN (Instituto Do Patrimônio Histórico Nacional).

Com a Festa do Divino vêm também as comidas típicas, o alfenim mais famoso leva o nome de Verônica. As Verônicas são pequenos doces feitos de puro açúcar que são modelados com os símbolos do Divino (pomba, Nossa Senhora, coroa).

Alfenim é a arte de esculpir em açúcar, essa técnica foi inserida em nossa cultura através dos portugueses.

Esse doce tão conhecido na culinária goiana era distribuído pelo Imperador em comemoração ao seu império. Ficou com vontade de experimentar a nossa deliciosa verônica? Então, confira a receita logo abaixo!

Ingredientes
-Açúcar
-Limão
-Clara de Ovo

Modo de preparação
O primeiro passo da fabricação é a limpeza do açúcar. Os ingredientes são colocados num panelão que é levado ao fogo para formar o melado. Durante a fervura acrescenta-se um pouco de água para baixar o melado facilitando a retirada das impurezas (espuma) que vão sendo retiradas com uma escumadeira. Depois de limpo o melado fica no fogo para apurar e chegar ao ponto de bala, então é levado para uma pedra resfriada com gelo para receber um choque térmico e pegar o ponto de puxa.

Em seguida essa puxa é batida com as mãos até ficar branca, quando então vai para uma grande mesa e é cortada em pequenos pedaços, que vão ser modelados com os símbolos do Divino (pomba, Nossa Senhora, coroa). Depois de modelados são colocados em grandes tabuleiros que ficam ao sol para secar as verônicas

Apesar de serem as primeiras quitandas da festa, são praticamente as últimas a serem distribuídas. As verônicas, depois de sequinhas, são embaladas em saquinhos decorados, enlaçados com fitas vermelhas, colocadas em cestinhas e dadas às virgens por ocasião da procissão do Divino, que acontece no Domingo do Divino, o domingo de Pentecostes.

Houve tempo, em que o próprio Imperador do Divino distribuía as verônicas de porta em porta. Tempos bons em que a cidade era pequena.

Hoje, não é mais possível, então, as verônicas são distribuídas entre as virgens e as criancinhas. São as verônicas, representações simbólicas da fé e da devoção.

Carregando imagens sagradas, elas são as representações mais originais da distribuição das bênçãos e dos alimentos, que na sua origem foram os alicerces da Festa.

Por: Edson Paranhos