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Pirenópolis Comemora 27 Anos de Tombamento pelo IPHAN

12/01/2017


Casarões, ruas e igrejas de arquitetura colonial compõem o conjunto arquitetônico, urbanístico, paisagístico e histórico de Pirenópolis, tombado pelo Iphan, em 1990. A cidade reúne um dos mais ricos acervos patrimoniais do Brasil Central e se manteve como testemunho vivo dos primeiros tempos da ocupação do território goiano. Uma das festas mais populares do Estado de Goiás - a Festa do Divino de Pirenópolis - é conhecida internacionalmente. Como tantas outras localidades que surgiram e enriqueceram com o ouro, quando a mineração entrou em decadência o processo de crescimento do arraial foi interrompido

No início do século XIX, a economia - com o declínio da mineração - começou a ser reativada com base na agricultura. Apesar da estrutura urbana do arraial pouco ter se alterado até esse período, ocorreu uma renovação em termos arquitetônicos. Ao longo desse século, as antigas casas de adobe e pau-a-pique se deterioraram e as reformas foram caracterizadas por construções de maior apuro técnico e requinte formal, apesar de ainda conservarem a tipologia tradicional da arquitetura colonial do Centro-Oeste. No perímetro que demarca a cidade, anterior a 1830, as alterações subsequentes foram poucas e de pequena monta.

A cidade floresceu até fins do século XIX, sendo considerada uma das mais importantes do Estado e experimentou um período de estabilidade e isolamento, que a manteve quase intocada e permitiu que conservasse praticamente intacta sua feição original.
Nas últimas décadas desse século, a principal atividade passou a ser a pecuária, mantendo-se assim até meados do século XX. O antigo núcleo histórico permaneceu praticamente intacto até os dias atuais.

História - Em 1727, uma bandeira chefiada pelo bandeirante Manoel Rodrigues Tomar e guiada por Urbano do Couto Menezes chegou a região das Serras dos Pireneus, na Província de Goiás. Diante da exuberante quantidade de ouro encontrada na região, Rodrigues fundou as Minas de Nossa Senhora do Rosário, aos pés dos Pirineus. Este acampamento de garimpeiros deu origem à cidade às margens do rio das Almas.A construção da Igreja de Nossa Senhora do Rosário foi iniciada em 1728 e, com a mineração no auge o povoado Meia Ponte foi elevado à categoria de distrito em 1732. O prédio da Casa de Câmara e Cadeia formava com a Igreja o espaço de poder. A partir daí, a cidade começa a expandir-se radialmente.
 

Em 1736, Meia Ponte foi elevada à condição de arraial e cresce cada vez mais sua importância política e econômica, principalmente devido à localização próxima ao entroncamento das estradas para São Paulo, Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Em 1750, ainda no século XVIII, sua estrutura básica estava consolidada, incluindo a construção de cinco igrejas que, com exceção da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, marcavam os extremos do perímetro urbano. 
 
Com a decadência da mineração, o processo de crescimento do arraial é interrompido no início do século XIX a economia é reativada com base na agricultura. Apesar da estrutura urbana do arraial pouco ter se alterado até esse período, ocorreu uma renovação em termos arquitetônicos. Ao longo desse século, as antigas casas de adobe e pau-a-pique se deterioraram e as reformas foram caracterizadas por construções de maior apuro técnico e requinte formal, apesar de ainda conservarem a tipologia tradicional da arquitetura colonial do Centro-Oeste. No perímetro que demarca a cidade, anterior a 1830, as alterações subsequentes foram poucas e de pequena monta.

Embora a cidade tenha se expandido além desses limites, ainda no século XIX, é no antigo núcleo histórico que irão se manter praticamente intactas, até os dias atuais, tanto o traçado urbano quanto as características arquitetônicas. Nas primeiras décadas do século XIX, o arraial vivia o auge de sua prosperidade e cultura, constituindo-se no que hoje é um bem histórico de valor inestimável, tanto para o Estado de Goiás, como para a nação. O arraial foi elevado a vila, em 1832, com a denominação de Vila Meia Ponte e, em 1853, elevada à categoria de cidade, batizada como Pirenópolis.

No decorrer do século XIX, a economia foi abalada com a abertura de novas estradas que alteraram a antiga rota comercial. Entre 1892 e 1918, a cidade não sofreu qualquer alteração significativa, além da demolição da Cadeia Velha e construção de nova sede, réplica da antiga, à beira do rio. Pirenópolis chegou aos dias atuais com todo o seu traçado original, cujas principais ruas são calçadas de uma forma singular com pedras colocadas de topo.


​Monumentos e espaços públicos tombados: 
 Igreja do Carmo/Museu de Arte Sacra do Carmo, Museu das Artes do Divino, Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, Igreja de Nossa Senhora do Carmo, Teatro de Pirenópolis, Casa de Câmara e Cadeia, Cine Teatro Pireneus, Ponte Sobre o Rio das Almas e Fazenda da Babilônia. 

Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário - Construída entre 1761 e 1763, a igreja é o maior edifício religioso de todo o Centro-Oeste. Esse monumento foi tombado em 1941 e ainda permanece como lugar religioso. A igreja foi totalmente restaurada entre 1998 e 2001, inclusive os altares, forro da capela mor e imagens. 

Fazenda da Babilônia: casa e dependências/Engenho São Joaquim - Localizada na área rural do município de Pirenópolis, o antigo Engenho de São Joaquim foi construído, no início do século XIX, pelo comendador Joaquim Alves de Oliveira, exportador que acumulou enorme fortuna em Goiás. O edifício se compõe da casa grande, engenho e capela.

Fontes: Arquivo Noronha Santos/Iphan e IBGE