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1° Mostra de Cinema Português em Pirenópolis

 

01/10/2008

Numa parceria entre o Instituto Camões da Embaixada de Portugal, Instituto Pireneus, através do Cineclube Pireneus e a Secretaria de Cultura e Turismo de Pirenópolis será realizado entre os dias 7 a 12 de outubro a 1º Mostra do Cinema Português, dedicada ao diretor Manuel de Oliveira.

Durante a mostra haverá duas seções por dia, uma as 16 e outra as 20 horas de terça a sexta com o mesmo filme e no sábado e domingo vamos ter dois filmes diferente com seção às 18 e 20 horas. Para a realização desta mostra foi feita uma parceria com a Casa do Turismo composta pela seguintes entidades do setor; Comtur, Pirenópolis Convention, Abrasel, Abih e também a empresa de eventos Meyaponte.

Programação

Dia 7/10 (terça-feira)
16 e 20 h - Non ou a vã glória de mandar (1990) 111 minutos. Durante a última guerra colonial portuguesa, um subtenente relembra um conto épico sobre Portugal, seu país. Sua platéia é formada por companheiros de batalha, que estão de patrulha numa selva africana. O conto fala de algumas grandes derrotas e o subtenente conclui sua história no dia 25 de abril de 1974: o dia da Revolução. Uma das reflexões mais agudas sobre a identidade portuguesa realizada no exato momento do declínio de Portugal como potência colonial, deixando para trás a ditadura salazarista e entrando na transição da era democrática. Menção Especial do Júri no Festival de Cannes.

Dia 8/10 (quarta-feira)
16 e 20 h - Vale Abraão (1993) 187 min. Versão contemporânea do clássico Madame Bovary, de Gustave Flaubert. Emma, uma mulher excepcionalmente bela, se casa com Carlos Paiva, mas não o ama. Obcecada pelo luxo, manipula a atração que exerce sobre os homens, mantendo amantes que a divertem. Por esse comportamento, acabará sendo chamada de "Bovarinha". Rodado na região do Douro, norte de Portugal, o filme, além de abordar psicologicamente a célebre personagem de Flaubert, explora a idéia da androginia. Aqui, as cores são elementos essenciais, assim como a voz em off que descreve as emoções da personagem. Vencedor do Prêmio da Crítica da 17ª Mostra.

Dia 9/10 (quinta-feira)
16 e 20 h - A caixa (1994) 93 min. Baseada na peça homônima de Prista Monteiro, a história descreve de maneira bastante realista o universo de marginais que cercam a miserável vida de um cego que pede esmolas à porta de sua casa, em Lisboa. Todo o dinheiro que ele ganha é colocado em uma caixa, que já foi roubada uma vez. Sua filha, que além de cuidar da casa, passa roupas para fora, tem um namorado marginal e desempregado, como tantos outros do bairro. Quando a caixa é roubada pela segunda vez, todos os freqüentadores do lugar tornam-se suspeitos: o amigo do genro, a velha e seu sobrinho, três amigos beberrões. A chegada de um segundo cego, com uma caixa semelhante, alvoroça a todos, preparando uma tragédia.

Dia 10/10 (sexta-feira)
16 e 20 h - Palavra e utopia (2000) 102 minutos. Segundo tributo do cineasta Manoel de Oliveira ao Padre António Vieira. Um de seus sermões, da série dedicada a Santo Antônio, já foi usado em Non, ou a Vã Glória de Mandar. Não se trata aqui de uma cinebiografia do polêmico padre Vieira, mas sim de um corajoso documento sobre a palavra, sobre o pensar.
Em 1663, quando o padre é convocado a comparecer diante da terrível Inquisição portuguesa, ele precisa explicar as idéias que defende, ao questionar a escravidão, a situação dos índios e as relações império-colônia. Intrigas na corte e um pequeno mal-entendido enfraquecem o poder do jesuíta, que chegou a ser amigo íntimo do rei Dom João IV. Perante os juízes, padre Vieira passa a limpo seu passado: a juventude passada no Brasil e os anos de noviciado na Bahia, seu envolvimento na causa dos índios e o primeiro sucesso no púlpito. Proibido pela Inquisição de falar em público, ele se refugia em Roma, onde conquista enorme reputação e sucesso.

Dia 11/10 (sábado)
18 h - Vou para casa (2001) 90 min. O filme se passa na feérica Paris do início do ano 2000. Gilbert Valence é dono de uma longa e brilhante carreira como ator de teatro. Ele acaba de conseguir o papel de Béranger 1o. em O Rei Está Morrendo, de Eugène Ionesco. De repente, a tragédia atravessa seu caminho: seu agente e velho amigo George lhe revela que um acidente na estrada acaba de matar sua mulher, filha e genro. Mas a vida precisa continuar, e Gilbert daqui para a frente vai se dividir entre seu netinho, que ele adora, e o palco. Seu novo papel é Próspero, o herói shakespeareano de A Tempestade. É então que George lhe faz uma proposta, financeiramente gratificante, para atuar como protagonista em um filme para TV, repleto de ingredientes da moda: sexo, drogas e violência. Gilbert, após ter encarnado os maiores papéis que um ator pode almejar, sente-se ultrajado e diz não. "É uma questão de sabedoria conquistada por meio da experiência", afirma o diretor Manoel de Oliveira.
20 h - Porto da minha infância (2001), 60 min. O cineasta volta à sua cidade natal, o Porto, cenário que ele já havia utilizado diversas vezes em sua obra, como em Douro, Faina Fluvial, sua estréia no cinema, e O Pintor e a Cidade, de 1956. Desta vez, o cineasta decidiu filmar a cidade não com os olhos de um documentarista, mas sob a ótica da memória. Trata-se da cidade de sua infância, que sobrevive apenas em recordações, testemunhos, sinais, palavras de canções e antigas fotografias. "Um documentário sobre a cidade seria impossível, pois ela está cheia de canteiros de obras. Trata-se de algumas recordações de um tipo de vida e de imagens do passado que, mesmo me pertencendo, não compõem uma autobiografia", diz o cineasta que, no entanto, não resistiu à tentação e decidiu terminar este filme refazendo a mesma imagem que, setenta anos antes, usou para abrir sua primeira produção, Douro, Faina Fluvial.

Dia 12/10 (domingo)
18 h - Princípio da incerteza (2002) 132 min. Desde a infância, António e José convivem e trocam todo tipo de experiências. Embora intimamente próximos, pertencem a dois mundos distintos. António é rico e faz parte de uma família tradicional. José é o filho da empregada, que vigia todos os passos dos dois garotos com seu olhar protetor. Ao se tornarem adultos, os jogos do amor irão torná-los ainda mais cúmplices. António se casa com Camila, por quem José sempre foi apaixonado, e mantém como amante a perigosa Vanessa, sócia de José em negócios escusos. Para complicar ainda mais essas relações, só falta um personagem: o diabo, com quem todos terão que dialogar. Baseado no romance Jóia de Família, de Agustina Bessa-Luís.
20 h - Um filme falado (2003) 96 min. Rosa Maria, uma jovem professora de História, embarca com a filha em um cruzeiro. O navio sai de Lisboa e atravessa o mar Mediterrâneo com destino a Bombaim, na Índia, onde seu marido a espera. Durante a travessia, ela visita pela primeira vez Marselha, as ruínas de Pompéia, Ceuta, Atenas, as pirâmides do Egito e Istambul - lugares que representam culturas que marcaram a civilização ocidental. Algumas pessoas lhe chamam a atenção: uma empresária francesa de renome, uma famosa ex-modelo italiana, uma atriz e professora grega e sobretudo o comandante do navio, um americano de origem polonesa. Mas uma estranha ameaça perturba o cruzeiro e a vida dos passageiros quando o navio atravessa o Golfo Pérsico. O diretor assim explica seu título: "É Um Filme Falado por ser falado em várias línguas. Porque cada uma dessas línguas representa um contributo dado para a evolução da civilização ocidental".

Fonte: Sectur